sexta-feira, 8 de março de 2013

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Começar a pensar...


"Como viver numa realidade onde tudo se descredibilizou e onde o mundo se transfigurou em mundinhos que se fizeram nichos, onde pessoas se comem umas às outras como refeições diárias de auto-estima pervertida; É estranho como os conceitos estão vazios, as interpretações adúlteradas, os sentimentos fora do prazo e, no entanto, o mundo continua a acontecer, diariamente. Todos os dias como se nada fosse. Como se viver fosse isto. Criam-se relações em segundos, que são destruídas ainda mais rápido. Nada do que vale hoje tem significado amanhã. O ontem apaga-se com uma borracha, ou com a tecla delete. As palavras deixaram de ter valor, deixaram de se escrever a tentar construir o que quer que fosse, hoje são simples ‘máximas’ que se aplicam a tudo, desde que tenham menos que trinta palavras. A verdade caiu em descrédito e a mentira tornou-se necessária. Já ninguém se aguenta sem mentir a si próprio. Precisamos de mentir a nós mesmos para aguentar o mundo. E precisamos de acreditar nessas mentiras para conseguir viver. O caos instalou-se mas ninguém parece reparar. Chego a achar que as pessoas deixaram de pensar, mas , pelo contrário, cada vez se ouvem mais pensamentos saídos das mais variadas vozes. Toda a gente tem razão num mundo que perdeu a razão. É mais uma reviravolta copernicana na história do mundo. A razão esvaziou-se de verdade. Só serve para cultivar interesses indivíduais, de contexto e programáveis. A autênticidade perdeu-se a imitar-se a si própria. O pensamento morreu quando deixou de pensar para passar a imitar. E será que ninguém repara? Será que é assim tão complicado olhar em volta de vez em quando e ver para além do próprio reflexo? Há todo um mundo atrás de um nome, toda uma realidade individual que nos cerca. Mas, para além do eu, há um universo cheio de nomes, de identidades, de corpos, que pensam, que têm a própria objectiva e que tiram tantas fotografias como nós. Fotografias centradas em si. Onde as outras perspectivas são meras decorações de outras vidas que não têm interesse. Já nada prevalece. Apenas o eu ganha cada vez mais tamanho, cada vez mais espaço, cada vez mais tempo. Até que chega a hora do sufoco. Momentos, não passam de momentos. Onde o mundo desaba e ninguém sabe o que fazer consigo próprio, para onde ir. Qual é o caminho? Não há caminho. Só resta continuar em frente, erguer a cabeça e voltar a recolher auto-estima no eu que fotografa e se sente fotografado. Achar que é normal. Negligenciar a evidência de que algo está mal. E o problema é que pode não ser o mundo a dar a resposta. Pode não chegar por email. Talvez só se se começar a pensar e se sair da própria perspectiva. Perceber que o mundo já tem um sol, que brilha para todos. E que os holofotes são falsos. Talvez não passe tudo de um sonho e afinal nem existimos. Talvez isto seja só um parque de diversões, onde já não há que pensar, apenas experênciar cada vez mais, cada vez mais alto, cada vez mais forte. Recordar cada vez menos. Reflectir nunca. A necessidade de pensar perdeu-se quando o umbigo tomou o lugar do cérebro. "
Texto de: Teresa Rolla

# Dora

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dura Praxis, Sed Praxis...


  Praxe académica, ou simplesmente praxe, é um conjunto de práticas que, alegadamente, visa a recepção e integração dos novos estudantes nas instituições de ensino superior em que ingressam.
Os promotores da praxe afirmam que se trata de uma forma de integração, já que, através da praxe, os novos alunos conhecem os estudantes mais velhos que os podem ajudar ao longo da sua vida académica, e os colegas do seu próprio ano, contribuindo para novas amizades.

 Ser Caloiro,é uma forma de hierarquia, posta não para humilhar mas para saberem estar, respeitar os estudantes mais velhos. A praxe é inteiramente só para eles e com o intuito do bem e de integração para a nova vida e novas fases do seu futuro. é a melhor semana da vida académica, apesar de muitas vezes só darmos valor quando já passamos...

 Ser Veterana/o é ser igual a todos os outros veteranos e estudantes académicos, o lema é igualdade para todos, tendo de haver membros superiores para que exista sempre a hierarquia e seja implementadas regras! É preciso muita dedicação, muito amor ao curso, a faculdade e acima de tudo defender o que é nosso...para isso temos de saber e definir bem o que a praxe...e como praxar!



 Contudo, já passei a minha fase de caloira e agora como veterana quero dar e transmitir o melhor aos meus caloiros, o meu saber, o meu respeito e  a minha paixão a defender o meu curso!
Todos para a mesma causa e para que esta semana seja sempre marcada nas nossas vidas como uma semana única!
Dura Praxis, Sed Praxis...
ERISA, Enfermagem SEMPRE <3




Saudações Académicas
# Dora

domingo, 2 de setembro de 2012

"Assim é e assim seja..."

Da terra viemos e para terra vamos...
somos simplesmente pó...
Mas apesar disso, estivemos lá para ti, para te honrar como tanto mereces,
dar-te dignidade sempre, porque foste um grande Senhor mais que isso um grande Homem,
foi um prazer ainda poder conhecer o meu Bisavô. 
Eterna saudade meu querido...Sei que olhas por nós sempre :)




"Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva quando falta muito,pede-se
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e ervas...



O que é preciso é ser natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda, 
E quando se vai morrer, lembrar -se que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja... "

Fernando  Pessoa

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Será que ainda existe...?


Hoje trago-vos um excerto de uma grande autora,
onde ela escreve, completamente o que eu sinto e que muitas devem sentir...
Será que ainda existe príncipes?!



"A pessoa certa não é a mais inteligente, a que nos escreve as mais belas cartas de amor, a que nos jura a paixão maior ou nos diz que nunca se sentiu assim. Nem a que se muda por nossa causa ao fim de três semanas e planeia viagens idílicas ao outro lado do mundo. A pessoa certa é aquela que quer mesmo ficar connosco. Tão simples quanto isto. Às vezes, demasiado simples para as pessoas perceberem.


O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda não querem. Os verdadeiros príncipes encantados não têm pressa na conquista, porque já escolheram com quem querem passar o resto da vida, têm todo o tempo do mundo; levam-nos a comer um prego no prato porque sabem que, no futuro, nos vão levar à Tour d'Argent; ouvem-nos com atenção e carinho porque se querem habituar à música da nossa voz, e entram-nos no coração bem devagar, respeitando o silêncio das cicatrizes que só o tempo pode apagar. Podem parecer menos empenhados ou sinceros do que os antecessores, mas aquilo a que chamamos hesitação ou timidez talvez seja apenas uma forma de precaução. Eles querem ter a certeza de que não se vão enganar. O príncipe encantado não é o namorado mais romântico do mundo que nos cobre de beijos; é o homem que nos puxa o lençol para os ombros a meio da noite para não nos constiparmos ou se levanta às três da manhã para nos fazer um chá de limão quando estamos com dores de garganta. Não é o que nos compra discos românticos e nos trauteia canções no voice mail, é o que nos ouve falar de tudo, mesmo das coisas menos agradáveis. Não é o que diz "amo-te", nem o que passa metade das férias connosco e a outra metade com os amigos; é o que passa de vez em quando férias com os amigos. O príncipe que sabe o que quer não é a melhor pessoa do mundo; é o melhor namorado do mundo, porque não é o que olha todos os dias para nós, mas o que olha por nós todos os dias. Que tem paciência para os meus, os teus, os nossos amigos e que ainda arranja um lugar num jantar para os amigos dos outros. Que partilha a vida e vê em cada dia uma forma de se dar aos que lhe são próximos. Que quando está cansado, fica em silêncio, mas nunca deixa de nos envolver com um sorriso. Não precisa de um carro bestial, basta-lhe uma música bestial para ouvir no carro. Pode ou não ter mota, mas tem quase sempre um cão. Gosta de sair à noite mas prefere ficar em casa a namorar e a ver programas alternativos. Cozinha o básico, mas faz os melhores ovos mexidos do mundo e vai à padaria num feriado.

O príncipe é um príncipe porque governa um reino, porque sabe partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos mesmo muito importantes. Ora, com tantos sapos no mercado, bem vestidos, cheios de conversa e tiradas poéticas, como é que não nos enganamos? É fácil. Primeiro, é preciso aceitar que, às vezes, nos enganamos mesmo. E depois, é preciso acreditar que, um dia, podemos ter sorte. E como o melhor de estar vivo é saber que tudo muda, um dia muda tudo e ele aparece. Depois, é só deixá-lo ficar um dia atrás do outro. Se for mesmo ele, fica." 

Margarida Rebelo Pinto




Espero que todas encontremos e tenhamos para sempre o nosso príncipe.


Até mais,
# Dora

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Volunteer days :D


Olá :)

ARIPSI 2012



Hoje trago-vos aqui umas fotografias dos nossos momentos/pausas durante o nosso voluntariado. Para mim, voluntariado, a palavra em questão não consigo descrever o significado e o sentimento, só quem o faz é que sabe e sente!
Voluntariado é mais do que ajudar, cuidar...é o agir perante a sociedade que mais precisa. E isso é o que nós duas amigas temos feito perante a sociedade da nossa cidade, queremos ajudar melhorar a vida dos nossos idosos !



Por isso nós aqui estamos hoje porque merecemos. Estamos de Parabéns até aqui, pois o nosso trabalho tem feito toda diferença :D






Frases na ARIPSI:

Idosa: "A menina é estagiária?"
D: "não, não sou voluntária, não é bom? :)"
Idosa: "é muito bom, é muito Nobre da sua parte" 
Obrigada pelo grande incentivo e elogio :')


"Somente aqueles que aprenderam o poder da contribuição sincera e altruísta experimentam a alegria mais profunda da vida: a verdadeira realização." Anthony Robbins

# Dora


sábado, 18 de agosto de 2012

"Quem tem uma terra, tem tudo!"




Hoje trago-vos umas fotografias da terra da família. Com muito orgulho esta pequena Vila é a terra que os meus avós nasceram e o meu pai nasceu e desde de pequenina que observo, toco, respiro, sinto... é onde me sinto diferente mas bem...faz parte de mim, é um bocadinho de mim...de onde trago bastantes recordações de infância.

Estas fotografias foram tiradas nos dias das festas da Vila, onde todos os anos nestes dias, São Domingos desce da sua ermida para abençoar os "fontelenses" , durante esses dias também existe as festas nocturnas, as marchas e a procissão, o típico das festas, que já assisto à tantos anos...mas que nunca me canso! Pois além de ser uma tradição religiosa é uma tradição da terra é para mim também a minha tradição! Espero que nunca se perca, porque a Vila de Fontelo só quem a conhece a pode sentir...:)
É bom ter uma "terra"...


Beijinhos
# Dora